terça-feira, 16 de junho de 2009

control C control V

"Eu tenho uma biografia, nunca alguém associou minha vida pública ao nepotismo" - José Sarney



Taí abaixo, copiado fielmente do Blog do Noblat .


"Sarney diz que não errou e que não deixa presidência

Trechos da entrevista concedida por José Sarney (PMDB-AP), presidente do Senado, a Fernando Rodrigues e Valdo Cruz:

O sr. contratou a Fundação Getúlio Vargas para fazer uma reforma administrativa no Senado. Agora, o sr. também tem aparecido em meio a acusações de comportamento impróprio. O que aconteceu?

Olha, eu acho que eu tenho um nome que deve ser julgado com respeito pelo país. Eu tenho uma biografia, nunca alguém associou minha vida pública ao nepotismo. Os fatos que colocaram estou mandando examinar. O que estiver errado, se corrija. Se eu tiver algum erro, eu sou o primeiro a corrigir. Mas acho que nunca conduzi de outra maneira que não fosse com correção.

E o caso do seu neto, contratado pelo senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA)?

Depois de eu ter sido tudo, se eu fosse acusado de ter nomeado um neto era realmente um julgamento que seria injusto. Eu não pedi ao senador. Disse isso e ele confirmou. E, se ele tivesse me consultado, teria sido o primeiro a dizer não.

(...) Seu neto saiu por conta do nepotismo, mas entrou no lugar a mãe dele. O sr. soube disso?

Eu não sou responsável pelo gabinete do Cafeteira.

O que o sr. acha da afirmação do senador Cafeteira de que nomeou seu neto por dever favores a seu filho, Fernando Sarney?

Você acha que eu, como presidente do Senado, tenho minha biografia, vou discutir uma coisa dessa? Não vou discutir um assunto desse. Minha resposta para vocês é essa.

E os outros casos relacionados ao sr.: duas sobrinhas empregadas em gabinetes de senadores, de Roseana Sarney (PMDB-MA) e de Delcídio Amaral (PT-MS).

Esse é um caso que está sendo estudado, porque parece que ele foi colocado agora. Eu pedi para ser investigado. Eu acho que há uma certa armação no caso da Roseana, na publicação de que foi ato secreto. Esse problema, que não é meu, a chefe de gabinete dela diz que os dados não conferem. Está sendo analisado.

E do Delcídio?

Do Delcídio, eu realmente pedi a ele, uma sobrinha da minha mulher, funcionária de carreira do Ministério da Agricultura, mudou-se para Mato Grosso do Sul, pedi que ela fosse requisitada para trabalhar no gabinete dele. Eu acho que não tem nenhum erro em ter feito esse pedido a ele.

Há atos secretos?

Estou convencido de que há muitas falhas, que pode ter havido não publicações. Vamos examinar.

O ex-diretor-geral do Senado Agaciel Maia disse que os senadores conheciam os atos secretos. É correta a afirmação?

Eu nunca soube.

Mas o que aconteceu? Os atos não eram públicos...

Não sei. Isso nós estamos tentando apurar.

(...) Até agora, nenhum congressista foi punido e poucos devolveram dinheiro gasto indevidamente. Isso não produz uma sensação de impunidade?

A população pode até contestar a validade do Congresso. A democracia não vive sem Parlamento. E Parlamento fraco, desmoralizado, é desejo de segmentos da sociedade.

Esse enfraquecimento não ocorre por causa da resposta tímida dos congressistas? No episódio do auxílio-moradia pago indevidamente, inclusive ao sr., não seria o caso de todos devolverem o dinheiro?

Nunca tinha recebido auxílio-moradia. Recebi por oito meses. Mandei interromper ao saber. Quanto aos outros, cada um fará o seu julgamento.

O sr. devolveu o dinheiro ao Senado?

Vou ressarcir. Está em estudo como é que se deve proceder. Isso será um gesto pessoal, meu.

O sr. se arrepende de sua candidatura a presidente do Senado? Pensou em renunciar?

Não. Minha vida foi sempre feita de desafios. Vou exercer até o fim."

Nenhum comentário:

Postar um comentário